domingo, 3 de fevereiro de 2013

Pode a maconha tratar o câncer sem os efeitos devastadores da quimioterapia?


Pesquisa mostra que o THC e outros compostos encontrados apenas na maconha não apenas aliviam os sintomas,  como podem encolher tumores e diminuir a propagação do câncer.



    Créditos da foto: http://pantanova.nl

Nota do Editor: O que segue é um trecho  do autor de "Acid Dreams" Martin A. Lee em seu novo livro "Smoke Signals: A Social History of Marijuana" -- Medical, Recreational, and Scientific (Simon and Schuster, 2012):

Estudos científicos revisados por pares em diversos países mostram que o THC e outros compostos encontrados apenas na maconha são eficazes não só para administrar os sintomas do câncer (dor, náuseas, perda de apetite, fadiga, e assim por diante), como conferem um efeito antitumoral.

Experimentos com animais realizados por Manuel Guzmán na Universidade Complutense de Madrid, no final de 1990 revelou que um canabinóide sintético injetado diretamente em um tumor maligno no cérebro poderia erradicá-lo. Relatado na revista "Nature Medicine", esta descoberta notável solicitou estudos adicionais na Espanha e outros países que confirmaram as propriedades anticancerígenas de compostos derivados da maconha. A equipe de Guzmán administrou THC puro através de um cateter para os tumores de nove pacientes hospitalizados com glioblastoma (uma forma agressiva de câncer no cérebro) que não responderam aos tratamentos tradicionais. Este foi o primeiro ensaio clínico avaliando a ação antitumoral de canabinóides sobre os seres humanos, e os resultados, publicados no British Journal of Cancer, foram muito promissores. Tratamento com THC foi associado a proliferação de células de tumor significativamente reduzido em todos pacientes sujeitos ao teste.

Guzmán e seus colegas descobriram que o THC e seus emuladores sintéticos mataram seletivamente as células tumorais, deixando as células saudáveis ​​ilesas. Nenhuma droga da "Big Pharma" (ou grandes empresas da indústria farmacêutica), usadas na quimioterapia pode induzir apoptose (morte celular) em células cancerígenas, sem prejudicar o organismo inteiro. Até 90 por cento dos pacientes com câncer avançado sofrem de disfunção cognitiva devido ao que chamam de "cérebro de quimio", um efeito colateral comum de remédios corporativos que destroem indiscriminadamente tecido cerebral, enquanto que os canabinóides destroem radicais livre, protegem o tecido cerebral e estimulam o crescimento de células cerebrais.

Há crescentes evidências de que os canabinóides podem "representar uma nova classe de drogas anticâncer que retardam o crescimento do câncer, inibem a angiogênese [a formação de novos vasos sanguíneos] e disseminação metastática de células cancerígenas", de acordo com a revista científica "Mini-Reviews in Medicinal Chemistry" (Mini-Revisões em Química Medicinal) . Estudos de cientistas de todo o mundo têm documentado as propriedades anticancerígenas de compostos canabinóides para várias malignidades, incluindo (mas não limitado a):

• O câncer de próstata. Pesquisadores da Universidade de Wisconsin descobriram que a administração do canabinóide sintético WIN-55 ,212-2, CB-1 e CB-2 agonista, inibiu o crescimento de células da próstata e câncer, também induziu apoptose. Comentário F.O.A.P: O câncer de próstata é o câncer mais comum em homens no Brasil.

• O câncer de cólon. Pesquisadores britânicos demonstraram que o THC desencadeia a morte celular em tumores do cólon, a segunda principal causa de mortes por câncer nos Estados Unidos da América.

• O câncer de pâncreas. Cientistas Espanhóis e Franceses determinaram que os canabinóides aumentaram seletivamente a apoptose em linhagens de células pancreáticas e reduziu o crescimento das células tumorais em animais, ignorando as células normais.

• O câncer de mama (comentário F.O.A.P: o que mais atinge e mata brasileiras). Cientistas dos Centros Médicos do Pacífico, em São Francisco (EUA) descobriram que o THC e outros canabinóides da planta inibiram de proliferação de células cancerosas e a metástase, e encolheu os tumores de câncer de mama. 1,3 milhões de mulheres em todo o mundo são diagnosticadas anualmente com câncer de mama e meio milhão sucumbe à doença.

• O câncer do colo do útero. Pesquisadores alemães da Universidade de Rostock informaram que o THC e um canabinóide sintético suprimiu a invasão do carcinoma do colo do útero humano em tecidos circundantes, estimulando o corpo da produção de TIMP-1, uma substância que ajuda as células saudáveis a ​​resistir ao câncer.

• Leucemia. Os investigadores da Universidade de St. George e Hospital Bartholomew, em Londres, descobriram que o THC atua sinergicamente com as terapias convencionais antileucemia para aumentar a eficácia de agentes anti-câncer in vitro (em um tubo de teste ou placa de Petri). Os cientistas já haviam demonstrado que o THC e canabidiol eram ambos potentes indutores de apoptose em linhas celulares leucêmicas.




• O câncer de estômago. De acordo com pesquisadores coreanos na Universidade Católica de Seul, o canabinóide sintético WIN-55 ,212-2 reduziu a proliferação de células de câncer de estômago.

• Carcinoma da pele. Pesquisadores espanhóis observaram que a administração de canabinóides sintéticos "induziram uma inibição considerável do crescimento de tumores malignos" na pele de ratos.

• Câncer do duto biliar. A administração de THC inibe a proliferação de células cancerosas no duto biliar, migração e invasão celular e induz a apoptose das células do câncer biliar de acordo com experimentos realizados na Universidade de Rangsit em Patum Thani, na Tailândia.

• Linfoma de Hodgkin e sarcoma de Kaposi. Pesquisadores da Universidade do Sul da Flórida constataram que o THC frustra a ativação e replicação do vírus herpes gama. Este vírus aumenta a probabilidade de uma pessoa desenvolver cânceres tais como de Hodgkin, linfoma não-Hodgkin, e sarcoma de Kaposi.

• O câncer de fígado. Cientistas italianos da Universidade de Palermo descobriram que um canabinóide sintético causou a morte programada de células de câncer de fígado.

• O câncer de pulmão. Cientistas da Universidade de Harvard relataram que o THC corta o crescimento do tumor de câncer comum do pulmão em metade e "reduz significativamente a capacidade do câncer de se espalhar." O câncer do pulmão é o assassino número um em todo o mundo. Mais estadunidenses morrem de câncer de pulmão a cada ano do que qualquer outro tipo de câncer.

Simon & Schuster, Copyright 2012 - Todos os direitos reservados. Esse trecho foi publicado com a permissão do autor.

O novo livro de Martin A. Lee "Smoke Signals: A Social History of Marijuana" (tradução livre Sinais de Fumaça: Uma História Social da Maconha) (Scribner, agosto de 2012). Ele é o co-fundador do grupo de fiscalização da mídia FAIR, diretor do "Project CBD," e um contribuinte para BeyondTHC.com.

fonte: http://www.alternet.org/drugs/can-pot-treat-cancer-without-devastating-effects-chemotherapy
Tradução: F.O.A.P

Um comentário:

  1. Boa noite!!!
    Sou portadora da doença de Crhon, estou fazendo uso da medicação, Azatioprina 50mg, passo muito mau. Gostaria e mais informações sobre a Cannabis com relação a minha doença. Desde já agradeço.

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